Rev. Jorge e sua esposa pastora Cristina.
Sobre o carnaval já existem ótimos trabalhos editados na literatura cristã, desta forma, gostaria de tentar falar do mesmo, neste artigo, sem cair no erro da repetição, a fim de não ser mais um trabalho que te cansará na leitura e não te acrescentará nada de novo, pois acredito que todo cristão acima de um ano de conversão, já ouviu pelo menos uma pregação explicando qual a posição cristã diante das festas carnavalescas.

Temos que compreender que na “festa da carne” a culpa do corpo é sentir, mas a alma é quem decide o que fazer diante do que sente o corpo, percebemos então, ser a falta de princípios verdadeiramente cristãos, o grande problema do povo, pois suas almas só conseguem ordenar aos seus corpos que satisfaçam os desejos gerados pelos seus sentidos, de forma indiscriminada, pois o que vale é a satisfação do desejo que é escravo do prazer.

Sabendo disso, nosso inimigo lança no mundo, infinitas ideias de prazeres a serem percebidas pelos nossos sentidos e transmitidas a nossas almas, então a ordem é liberada para que o corpo satisfaça os sentimentos ou as emoções geradas, e a qualquer preço, sem medo, sem preconceito, vale tudo pelo máximo prazer, gerador da falsa ideia de felicidade. É neste momento que caímos no erro que o Ap. Paulo, nos adverte em Rm. 1: 18 - 32.

Todo carnaval é produzido uma enxurrada de textos cristãos para convencer o povo de Deus, da errada participação nesse tipo de festejo, isso porque os cristãos também são seres humanos, com os mesmos sentidos, emoções e sentimentos como qualquer um, mas diferente dos demais na tomada de decisões, uma vez que suas almas estão num processo de santificação, regeneração e de submissão ao Espírito, porém podendo ainda tomar decisões errôneas, pois o processo só o tornará perfeito quando Cristo glorificar os nossos corpos e isso somente ocorrerá na sua segunda vinda, no esperado arrebatamento da Igreja, até lá, estaremos na guerra do Espírito contra a alma ou da alma contra a carne, como dizem os adeptos da dicotomia.


Posso dizer-lhes que o carnaval é a festa da expressão máxima do estado da decaída alma humana, que se alegra na separação entre ela e Deus, estado esse, provocado pelas chamadas obras da carne de forma consciente, mostrando que numa escala de valores humanos, Deus perde para os prazeres da carne na vida da maioria da humanidade.

O carnaval é tão somente, o comemorar do que já foi legalizado no dia a dia dos seres humanos, que para não se sentirem maus, criaram deuses que aprovam suas condutas pervertidas e imorais em busca do prazer máximo através do corpo e da alma. Se você não sabe quais são as obras carne leia o texto de Gl 5: 16 -26.

Agora diga-me: o cristão deve brincar o carnaval? Mas nem tudo é ruim no carnaval, tiramos muito proveito dos dias de feriado, para acamparmos, viajarmos, fazer retiros, e outras coisas que em dias normais não faríamos por falta de tempo livre. Afinal de contas podemos nos alegrar e ter prazer nessa vida, só que de forma espiritualmente saudável.

Podemos ter o mesmo feriado e inclusive os desfiles com brincadeiras e alegrias, mas sem pecados, só depende de mim e de você, sim se pregarmos o Evangelho e fizermos discípulos em todos os lugares, apenas mudaria o titulo para “festa da alegria”.   


Autor:
Jorge Antônio Santos Luiz, teólogo, professor, Reverendo, Pastor, Presidente da Comunidade Missionária Batista Atos II.





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