A edição de junho de 2013 da revista impressa Whistleblower, publicada por WND, foi dedicada à guerra de Obama contra os cristãos e faz leve menção a Julio Severo. A matéria de capa dessa edição é “Obama’s War on Christians,” cuja tradução é: A Guerra de Obama Contra os Cristãos.

NO GOVERNO OBAMA, CRISTÃOS E CONSERVADORES SÃO ‘EXTREMISTAS’


Opositores do aborto, do casamento entre indivíduos do mesmo sexo e da imigração ilegal são marcados como perigosas.


Bob Unruh
BARACK Obama estava há apenas algumas semanas no Salão Oval quando seu governo lançou
o primeiro ataque contra os conservadores: um relatório bastante controverso do Departamento de Segurança Interna, intitulado “Extremismo de Direita: Situação Política e Econômica Estimulando o Ressurgimento da Radicalização e do Recrutamento”.
Ao perceber que muitos americanos estavam insatisfeitos com o governo federal por contribuir com uma enorme recessão econômica, o relatório apontou as pessoas mais propensas a recorrer ao radicalismo e à violência, ou mesmo ao terrorismo: quais sejam, “Grupos e indivíduos dedicados a uma causa única, como a oposição ao aborto e à imigração”.
Isso mesmo: não os jihadistas islâmicos, mas conservadores, patriotas e cristãos.
Segundo o relatório, a proposta de restrição às armas iria provavelmente atrair novos membros para grupos de extrema-direita, e também incentivar alguns deles a começar a fazer planos e treinamentos para usar de violência contra o governo. “O alto volume de compras e acumulação de armas e munições por extremistas de direita em antecipação às restrições e banimentos em algumas partes do país continuam a ser uma preocupação principal para as autoridades policiais”.
Na opinião de Obama, veteranos da Guerra do Vietnã são um grande perigo para os americanos!
Dentre as pessoas mais perigosas, de acordo com o relatório do Departamento de Segurança Interna, estão os membros das forças armadas americanas que defenderam interesses do país em conflitos no estrangeiro e voltaram para casa. “Veteranos que voltam para casa possuem habilidades e experiência em combate que atraem extremistas de direita. A Segurança Interna está preocupada com o fato de que extremistas irão tentar recrutá-los e radicalizá-los para ampliar seu potencial violento”, argumentava o relatório.
E ele segue acusando de racista qualquer um que proteste contra o descontrole dos gastos públicos sem precedentes do governo Obama, ealerta ainda que profecias sobre o ‘fim dos tempos’ podem motivar indivíduos extremistas a estocar comida, munições e armas.
Datado de 7 de abril de 2009, o documento foi publicado poucos dias após um relatório similar ter vindo à tona por meio do chefe da Patrulha Rodoviária de Missouri, organizado com a ajuda do Departamento de Segurança Interna, que ligava grupos conservadores ao terrorismo doméstico. O relatório alertava especificamente sobre pessoas que tinham adesivos pró-vida em seus veículos, ou que demonstravam apoio a candidatos de partidos minoritários.
Não demorou até vermos os resultados. Um mês após a divulgação do relatório, autoridades de Louisiana pararam e detiveram um motorista por ter no carro um adesivo da bandeira histórica americana de Gadsden. As autoridades o alertaram sobre a mensagem “subversiva” que o adesivo transmitia. A bandeira de Gadsden é um tradicional símbolo americano do período da guerra de independência. O caso ocorreu na pequena cidade de Ball, Louisiana, onde uma recepcionista da delegacia de polícia disse à Whistleblower não saber nada sobre a detenção, durante a qual o “suspeito” foi investigado por atividades “extremistas”, de acordo com um parente da vítima.
Conforme noticiou o blog American Vision: “Esquerdistas têm chamado de extremistas os defensores do tradicionalismo americano, dos limites constitucionais ao Estado, da livre iniciativa e das liberdades individuais. A polícia de uma pequena cidade induzida ao erro por ‘relatórios’ esquerdistas já é ruim. Agências nacionais e seus agentes armados sob o comando de radicais esquerdistas é exponencialmente pior”.
O relatório original do Departamento de Segurança Interna sob o comando da ministra Janet Napolitano resultou em pelo menos uma ação judicial. Richard Thompson, presidente e advogado-chefe do Centro Jurídico Thomas More, diz ser alarmante o fato de que Napolitano nunca se retratou das acusações ou pediu desculpas às pessoas identificadas no relatório como riscos potenciais de terrorismo.
Thompson ressalta que o relatório também visava como “potenciais terroristas” os americanos que se opunham ao aborto, ao casamento entre pessoas do mesmo sexo, às restrições a armas de fogo, ao relaxamento das leis de imigração e às políticas de Obama com relação a imigração, cidadania e expansão de programas sociais. Também estavam na mira os que se opunham à continuação dos acordos de livre comércio, suspeitavam de regimes estrangeiros, temiam ditaduras comunistas e eram contra um governo mundial.
No fim constatou-se que a base do inflamado relatório do Departamento de Segurança Interna era principalmente os meios de mensagem instantânea na internet. De acordo com dados compilados pela organização Americans for Limited Government (Americanos por um Governo Limitado) graças às leis de acesso à informação, uma das fontes do relatório foi um “site assustadoramente excêntrico” que incluía a história de uma cientista que destruía uma tecnologia chamada “rádio para Deus”. Outra fonte suspeita era o Centro Legal contra a Pobreza do Sul, uma organização que posteriormente foi ligada ao terrorismo doméstico (em uma interpretação imaginativa da lei).
Desde então, os ataques do governo Obama aos conservadores e cristãos não pararam de crescer.
Dentre os muitos casos:
* O escritório de recenseamento americano baniu da sua lista de "parceiros” grupos que se opunham ao relaxamento das leis sobre imigração.
* Um membro do tea party que estava escrevendo cartas aos seus representantes eleitos em oposição aos enormes gastos públicos do governo Obama relatou que estava sendo investigado como terrorista pela Força Tarefa Conjunta contra o Terrorismo do FBI!
* O dono do blog Salon.com, Dennis Loo, revelou que o Departamento de Defesa ensinou em um seminário que “algumas atividades defendidas pela Primeira Emenda [que estabelece liberdades civis, políticas e religiosas], podem corresponder a terrorismo em um nível mais brando”. Os detalhes foram retirados de uma carta da União Americana Pelas Liberdades Civis, que destacava uma informação controversa espalhada nos seminários. Por exemplo, o “Treinamento Anual de Consciência Antiterrorista Nível 1 de 2009” do Departamento de Defesa pedia “um exemplo de terrorismo de baixo nível” A resposta correta era “protestos”.
* Foi aberto um processo contra o departamento que trata dos assuntos dos veteranos de guerra pela prática colocar veteranos que buscam auxílios financeiros destinados a portadores de deficiência no registro nacional de pessoas proibidas de portar armas.
* Pouco tempo depois que Obama requereu uma “força de segurança nacional civil" que seria tão grande e bem financiada quanto as forças armadas, um relatório da Rand Corporation recomendando a utilização do Serviço de Oficiais de Justiça dos EUA para criar uma “Força Policial de Estabilização” dentro do país.
* Um blogueiro cristão que foi forçado a fugir do Brasil devido a conflitos entre a agenda pró-homossexual de “crimes de ódio” do país e sua defesa do casamento tradicional descobriu que estava sendo monitorado pelo Departamento de Segurança Interna americano em seu website. O blog Last Days Watchman, de Julio Severo, revelou ter recebido acessos do endereço DHS.gov observando seu site.
* Um centro do estado de Colorado que coordenou investigações confirmou que agentes federais distribuíram folhetos em lojas de produtos agropecuários, armas e outros alertando que “indicadores potenciais” de terrorismo incluíam “pagar em dinheiro vivo” ou “fazer declarações religiosas radicais”. Também comprar “comidas prontas” ou “lanternas” tornava uma pessoa suspeita.
* Em 2012, um inquérito parlamentar revelou que os muitos “centros de fusão” antiterroristas criados pelo governo federal para se unir a investigações municipais, estaduais e federais provavelmente violaram a privacidade dos americanos, emitiram relatórios desatualizados na ocasião em que foram publicados e desperdiçaram dinheiro público distribuindo veículos utilitários esportivos.
* Um estudo da academia militar West Point publicado no início do ano, intitulado “Desafios da Periferia: Entendendo a Extrema Direita Violenta da América”, que liga líderes pró-vida ao terrorismo. O autor, Aerie Perliger, escreveu, “Os antiabortistas têm sido extremamente ativos nas últimas duas décadas, acumulando 227 ataques, muitos deles cometidos sem que o responsável fosse identificado ou capturado".
* O inspetor geral do Departamento de Justiça admitiu em um relatório que a Divisão de Direitos Civis de uma das mais poderosas organizações do governo federal demonstrou uma predominante hostilidade em relação à proteção dos direitos civis dos brancos!
* Membros do Congresso este ano se impressionaram com o fato de que a organização dos tiros-de-guerra americana utiliza um treinamento que critica católicos, evangélicos e outras filiações cristãs. O seminário ensinava aos soldados que evangélicos são uma ameaça extremista à América, junto a grupos como a Irmandade Islâmica, o Ku Klux Klan e a al-Qaeda. A questão do treinamento anticristão chegou ao conhecimento das autoridades porque um recruta cristão contestou a apresentação.
Traduzido por Luis Gustavo Gentil do original do Israel Commentary: Obama’s War on Christians
Versão em inglês deste artigo: Obama’s War on Christians

Fonte: JULIO SEVERO