Foto:Magno Freitas
“O meu mandamento é este: Que ameis uns aos outros, assim como eu vos amei". João 15:12

A 15ª Parada do Orgulho Gay de São Paulo terá como foco este ano o combate à homofobia e o tema: "Amai-vos uns aos outros: basta de homofobia!". A associação negou que a frase, o tema da parada seja uma provocação religiosa, e que o caráter do evento tende para o político.

Para entendermos esta importante, séria e por nós reverenciada frase dita por Jesus Cristo, devemos no mínimo fazer a exegese e hermenêutica bíblica e argumentar as ideias do discurso, contextualizando. Será que os idealizadores do movimento gay a fizeram?Sabemos que não, pois segundo eles, a frase foi descontextualizada do sentido cristão.

Porém nós, que procuramos ser bons leitores bíblicos devemos e temos obrigação de a contextualizar, colocar as ideias no modo pelo qual estão encandeadas na escritura, no discurso de Jesus.E é isso que vamos tentar fazer aqui.

Em João 15:12 Jesus diz: "O meu mandamento é este: Que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei" (leiam o capítulo todo para entender o que eu vou expressar), no caso Jesus, antes de dizer esta frase já tinha dito: "Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o lavrador....todo ramo que, estando em mim, não dá fruto, ele corta; e todo que dá fruto ele poda, para que dê mais fruto ainda".

O que quer dizer essa frase no seu contexto bíblico total?O que é cortar o ramo?É lançar fora, Jesus usa o exemplo do ceifeiro, onde o jôio será separado do trigo no dia do julgamento final e o jôio é aquele que não dá fruto. Continua Jesus: "Nenhum ramo pode dar fruto por si mesmo, se não permanecer na videira.....vocês também não podem dar fruto, se não permanecerem em mim".Quem é a videira?É Jesus. E o que é permanecer na videira?É seguir seus mandamentos, os mandamentos do Pai e cumprir algumas regras.

"Nenhum ramo, árvore, pode dar fruto de si mesmo", qual o fruto que qualquer um que tente usar essa frase, seja para descontextualizar o sentido cristão ou usar por usar sem entender seu contexto, deverá ter?Qual o fruto do conceito, moral, divulgação, pregação, "evangelismo" cristão, o ide de Jesus?Será que vão ao mundo pregar o evangelho a toda criatura como Jesus ordenou?Será que pregam: "quem crer será salvo e quem não crer será condenado"?Onde estão seus frutos "evangelísticos cristãos"?

De uma coisa sabemos: essa frase usada sem texto e contexto, sem exegese e hermenêutica, só para satisfazer interesses próprios merece grandes considerações!E para alguém usá-la com autoridade, deve no mínimo permanecer VERDADEIRAMENTE nele, em Jesus. Quem permanece verdadeiramente em Jesus?
  
"Eu sou a videira... vocês são os ramos....se alguém permanecer em mim e eu nele, esse dá muito fruto...pois sem mim vocês não podem fazer coisa alguma.O que faz, qualquer um que usa essa frase sem texto e contexto, sem exegese e hermenêutica, só para satisfazer interesses próprios, sem dá-la grandes considerações?

Segue Jesus verdadeiramente?Seguem as leis de Deus?Estão juntos aos homens e mulheres que pregam a palavra de Deus?Apóiam o movimento Cristão ou os persegue?Eles os querem soltos ou podar suas liberdades de expressão?Qual é seu fruto?Onde estão seus frutos?Onde estão suas ovelhas?Isso é somente uma reflexão.

"Se alguém não permanecer em mim, será como o ramo que é jogado fora e seca.....tais ramos são apanhados, lançados ao fogo e queimados", disse Jesus.

Meu Deus que Jesus amoroso?Como ele joga o ramo fora, lança-os no fogo e queima-o?Nunca devemos esquecer que Jesus optou por utilizar-se das realidades de seu tempo para comunicar verdades eternas: a videira é Jesus, o PAI É DEUS e agricultor, os ramos somos nós e os frutos são os convertidos, os que ouviram a palavra e seguem os mandamentos!E para os que não derem frutos, eu estou incluído nesta, serão queimados. A Bíblia diz que este queimar é o fogo da eternidade, onde haverá choro e ranger de dentes. Que Jesus amoroso é esse?Que julga com justiça e manda para o fogo eterno aqueles que foram cortados da videira?

"E vi os mortos, grandes e pequenos, que estavam diante de Deus, e abriram-se os livros; e abriu-se outro livro, que é o da vida. E os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras.E deu o mar os mortos que nele havia; e a morte e o inferno deram os mortos que neles havia; e foram julgados cada um segundo as suas obras.E a morte e o inferno foram lançados no lago de fogo. Esta é a segunda morte.E aquele que não foi achado escrito no livro da vida foi lançado no lago de fogo".(Apocalipse 12 -15)

Muitos esquecem de lembrar que Jesus é amor, mas é justiça, o mesmo Jesus que ama os pecadores e nos manda amar uns aos outros, mandará para o inferno aqueles que não abedecerem seus mandamentos e cumprirem a lei de Deus, isso é: eu que escrevo este texto não estou isento de condenação, longe de mim a justiça em detrimento da injustiça dos outros, minha família também pode estar e todo pecador também, nenhum de nós somos corretos diante de Deus, todos pecamos e estamos destituídos de sua glória, apenas ele exorta à obediência de suas leis,ao arrependimento de pecados e a crença em seu nome e isto está em apocalipse, devemos levar em consideração a revelação total da verdade que está na frase e no contexto bíblico não somente uma frase solta dizendo "amar uns aos outros como eu vos amei".

Continuando com o que Jesus disse no texto todo de João 15: "Se vocês permanecerem em mim, e as minhas palavras permanecerem em vocês.....meu Pai é glorificado pelo fato de vocês darem muito fruto e assim serão meus discípulos.

Será que a palavra de Deus, os mandamentos do Senhor permanecem verdadeiramente em qualquer um que use essa frase sem texto e contexto, sem exegese e hermenêutica, só para satisfazer interesses próprios, sem dá-la a devida consideração?Ou pelo contrário a querem extingui-la, redesenhá-la aos seus próprios interesses?Ou querem cessar a pregação dos que amam os mandamentos?Ou até queimar a palavra, a Bíblia, no fogo da moderna inquisição? Qual a glória que estamos dando ao Pai?Quem está o glorificando e lhe dando toda a honra, toda a glória a força e o poder?

"Se vocês obedecerem aos meus mandamentos, permanecerão no meu amor, assim como tenho obedecido aos mandamentos de meu Pai e em seu amor permaneço....o meu mandamento é este: amem-se uns aos outros como eu os amei....se o mundo os odeia, tenham em mente que antes odiou a mim" disse Jesus".

Vemos mais ódio dos outros com os Cristãos ou os Cristãos com os outros?O que o cristão VERDADEIRO (falo os verdadeiros, pois muitos falsos profetas que impõem suas bíblias por ai estão se levantando, enganado o próximo, mentindo, fazendo milagres, expulsando o demônio, mas roubando os dízimos e ofertas, praticando pedofilia, etc e dizendo Senhor Senhor, eles não herdarão o reino dos céus e Jesus já falou sobre eles em Mateus 7:15, falo isso, não para dizer que sou santo e melhor do que ninguém, apenas não sendo hipócrita e dizendo que nem todo cristão é santo)  faz é simplesmente cumprir os mandamentos e amar ao próximo como a si mesmo, pregar a verdade bíblica, ou pelo ao menos ter direito de pregar, se expressar e de opinar, sem interferência, sem uma mordaça na sociedade ou andar matando por ai?

Onde você já viu um Cristão genuíno matando alguém, soltando bomba, fazendo terrorismo, explodindo aviões, por causa de Jesus?Se pregar contra o pecado, seja de qualquer um é matar, onde está à lei maior de Jesus que é amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo e ir a todo o mundo e "pregar o evangelho a toda a criatura, e aquele que crer será salvo e quem não crer será condenado"?

Não foi eu quem inventei essa frase, foi o mesmo que disse que era o caminho, a verdade e a vida, o mesmo que  disse que era o único caminho, verdade e vida sabia o que estava fazendo.Amar uns aos outros como a si mesmo é, além de muitas coisas, falar a verdade contida no que se crê, nas escrituras. É pregar contra o pecado, mas amar ao pecador, por mais que ele não aceite a pregação e o faça de algoz.

Amar uns aos outros como a si mesmo é uma frase muito forte, pois Jesus disse: "Ninguém tem maior amor do que este, de dar alguém a sua vida pelos seus amigos".Quem está querendo dar a vida aqui pelo próximo?Cada um busca seus próprios interesses?Mas quem terá coragem de dar a vida pelo próximo?

Jesus Cristo sim, deu a sua vida por mim e por você, ele é o verdadeiro amor do Pai que disse: "Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça (morra), mas tenha a vida eterna".

Porém, como Jesus já disse: "Se vocês pertencessem ao mundo, ele os amaria como se fossem dele. Todavia, vocês não são do mundo, mas eu os escolhi, tirando-os do mundo; por isso o mundo os odeia”. O mundo realmente ama ou odeia os Cristãos que deixando, ou tentando deixar o mundo e seus pecados são chamados e escolhidos do Pai?

Agora, claro, os cristãos, religiosos que usam a Bíblia para fundamentar heresias devem ser amados pelo mundo, pois fazem os seus desejos, trocam o contexto bíblico, usam de novas hermenêuticas, exegeses, para satisfazer os desejos do mundo e por isso o mundo os ama e até os homenageia como símbolos, certificados e troféus porém, será mesmo que eles estão em Jesus?Será que eles amam o mundo e o que o mundo dá?E se eles amam o mundo o amor do Pai está neles?(1João 2:15)

Minha intenção aqui não é condenar, mas trazer a tona uma reflexão. Não é dizer que somos santos e únicos seguidores da verdade, mas explicar o contexto teológico dentro da hermenêutica e exegese bíblica do capitulo 15 de João e de parte da escritura sagrada.

Para concluir e não estou querendo fazer separação entre santos e algozes, mas as testemunhas sabem do que eu falo. Quem quer extinguir os valores morais bíblicos da sociedade?Quem quer extinguir da sociedade os valores morais da família, da religiosidade, da bíblia, dos mandamentos, da lei de Deus? Do sistema fundado na moral religiosa?São os Cristãos?

O Movimento gay, por exemplo, muda o foco do debate do PL 122 fazendo os cristãos de algozes, de fanáticos, fundamentalistas religiosos, retrógrados. Aderaldo Beltrame presidente da Associação da Parada do Orgulho LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgêneros) disse:

"Não queremos fazer um discurso autofágico, voltado para o próprio umbigo, mas para toda a sociedade brasileira. O País está sendo vítima de um sistema fundado numa moral religiosa, mas este é um recado direto para toda a sociedade brasileira. Usamos a frase como tema - "amai-vos uns aos outros" para descontextualiza-la (do sentido cristão).

O PL 122 que os movimentos homossexuais querem aprovar no Brasil é conhecido como ditadura, mordaça gay na sociedade, na realidade nós cristãos somos ovelhas negras desta questão, pois como somos a favor dos valores da Bíblia, da família, dos princípios cristãos, do sistema fundado na moral religiosa da sociedade e acima de tudo, somos a favor das liberdades individuais tanto nossas como de todos. Costumo defender, e isso poderia ser dito por todo aquele que defende estes valores, deveríamos não entrar mais "nessa onda" e não cair mais nesta isca. Que Isca?

Os movimentos gays mudam o foco do debate para a religião nos fazendo de algozes do PL 122, tentando nos incriminar e intimidar, porém, digo sempre: tirem a religião, os valores morais, religiosos da família e da sociedade, tirem o sistema fundado numa moral religiosa, o padre, o pastor, o bispo, a Bíblia, tirem Jesus do debate do PL 122 (faz de conta que não existimos) e coloquem no seu lugar a verdadeira política, a lei, a jurisprudência, a Carta Magna Constituição Federal do Brasil, com seus artigos e incisos, coloquem a liberdade de expressão, as liberdades individuais de todos (eu e qualquer ser humano deste país) que são ameaçados, a liberdade de opinião, a opinião médica, moral, filosófica que todo brasileiro tem direito de ter, e acrescente ai uma pitada de ditadura na sociedade, cadeia para quem expressar opinião contrária a algo que vá de encontro ao movimento gay, com um aroma de 3 a 5 anos  veremos realmente que amor é esse?Senhor PL 122, que amor é esse?





Paulo César Cândido
Bacharel em Teologia