Ministra da Igualdade Racial afirma que evangélicos “gostariam que religiões africanas desaparecessem” do Brasil
Durante evento do Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa, realizado em São Paulo, a ministra Luiza Barros, da Secretaria de Políticas e Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR), afirmou que evangélicos pentecostais estariam interessados na aniquilação de religiões de matriz africana no Brasil.
As declarações da ministra vieram acompanhadas da divulgação de dados que comprovam o aumento de 700% na quantidade de denúncias relacionadas ao assunto, em 2012, segundo o portal Terra.
“O pior não é apenas o grande número, mas a gravidade dos casos que têm acontecido. São agressões físicas, ameaças de depredação de casas e comunidades. Nós consideramos que isso chegou em um ponto insuportável e que não se trata apenas de uma disputa religiosa, mas, evidentemente, uma disputa por valores civilizatórios”, afirmou Luiza Barros.

A ministra foi enfática na acusação aos evangélicos: “Alguns setores, especialmente evangélicos pentecostais, gostariam que essas manifestações africanas desaparecessem totalmente da sociedade brasileira, o que certamente não ocorrerá. Nós queremos fazer com que essas comunidades também sejam beneficiadas pelas políticas públicas”, pontuou.
O evento foi organizado pela prefeitura de São Paulo, chefiada por Fernando Haddad, que declarou acreditar que a maioria busca a paz: “Eu penso que a expressiva maioria dos moradores de São Paulo abraça essa causa de convivência pacífica, tranquila, com respeito e a tolerância devida ao semelhante. Agora, existe uma pequena minoria para qual o recado aqui é dado: que há uma grande maioria que quer viver tranquilamente”.
O pastor luterano Carlos Mussukopf esteve presente no evento, e disse que “devemos procurar o que nos une, o que nos unifique, o que nós temos em comum. E que a gente também saia da teoria, dos encontros de diálogo e passe para a prática”. Para o pastor, “existem tantos desafios na sociedade que nós vivemos que exigem uma ação unificada também das religiões. Vamos ver questão da população de rua, da natureza”, sugeriu.
Por Tiago Chagas, para o Gospel+
Fonte: Gospel Mais