Matthew Cullinan Hoffman
12 de julho de 2012 (LifeSiteNews.com) — Quando a principal candidata presidencial do Brasil Dilma Rousseff foi confrontada com seu passado pró-aborto durante as eleições de 2010, ela protestou e afirmou que se opunha à matança de bebês em gestação.
Dilma e Obama em 2011
À medida que os números dela de pesquisas de opinião pública e sua eleição ficaram em perigo, Dilma assinou uma declaração pública prometendo jamais introduzir leis para legalizar o aborto ou silenciar os que criticam a homossexualidade. Ela acabou ganhando a presidência por uma margem de doze por cento.
Os ativistas pró-vida estão agora protestando, pois estão aparecendo reportagens na mídia brasileira sobre planos por parte do governo de Dilma para instruir as mulheres como realizar abortos químicos, no nome da “redução de danos e riscos para o aborto ilegal”.
As mulheres que desejarem fazer um aborto “clandestino” informariam ao ministro da saúde de seus planos, e receberiam treinamento de como realizar os abortos, e até receberiam drogas para abortar, embora sejam atualmente ilegais. Elas receberão então livre acesso a atendimento médico pós-aborto às expensas do Estado, de acordo com reportagens.
Embora o governo de Dilma não tenha ainda confirmado ou negado as reportagens, Eleonora Menicucci, ministra pró-aborto da Secretaria de Políticas para as Mulheres, recentemente disse para a Folha de S. Paulo que “Somente é crime praticar o próprio aborto, mas que o governo entende que não é crime orientar uma mulher sobre como praticar o aborto”.
Menicucci, ex-ativista marxista que passou tempo na cadeia com a presidenta Dilma por terrorismo no início da década de 1970, se gabou publicamente de ter feito vários abortos em si mesma, bem como ter recebido treinamento de como realizar abortos na Colômbia. O aborto é ilegal no Brasil e na Colômbia, embora não tenha penas criminais num número muito pequeno de casos.
A revelação levou a acusações, feitas por ativistas pró-vida, de que Dilma está contradizendo sua afirmação de que ela se opôs ao aborto durante as eleições de 2010.
A Divisão 1 Sul da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil [nota de Julio Severo: a CNBB é uma organização notoriamente esquerdista] divulgou uma declaração denunciando a mudança radical de Dilma e pedindo que ela demita seus ministros que estão causando ofensa.
A política de Dilma, escrevem eles, é “incentivar e difundir o aborto, favorecendo os interesses de organismos internacionais que querem impor o controle demográfico aos países em desenvolvimento, mesmo se isto leva a Presidente a desrespeitar a vontade da maioria do povo brasileiro, que é contrária ao aborto, e a infringir as mais elementares regras da democracia”.
Eles pedem a “demissão imediata da Ministra Eleonora Menicucci da Secretaria das Políticas para as Mulheres” e a “demissão imediata do Secretário de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde, Helvécio Magalhães, que está coordenando a implantação das novas medidas a serem tomadas por esse Ministério”.